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Era uma vez escola. Era uma vez uma turma. Era uma vez uma sala de aula. Era uma vez duas pessoas. Ela chamava-se Marta. Ele chamava-se Paulo. Eles ficaram, por sorte, sem se conhecerem, na mesma mesa na sala de aula. Eles nunca se tinham visto um ao outro, eles nunca tinham falado um com o outro. Ela, quando viu que ia ficar ao lado dele, acho que se pudesse gritar tinha gritado um grande não. Sim, não sei porque ao inicio, ele não lhe inspirava muita confiança. Ainda no primeiro dia de aulas, ele perguntou-lhe o número de telemóvel, perguntou-lhe onde é que ela morava, perguntou-lhe se tinha irmãos, qual era a disciplina favorita dela, perguntou-lhe se tinha animais de estimação, e essas coisas. Ela respondeu a tudo mas, continuava com aquela ‘suspeita’ . Os dias foram-se passando e eles, a cada dia se conheciam melhor. No primeiro dia ele fez com que ela se risse. Aquele canto da sala era, sem duvida alguma aquele mais engraçado, aquele que ria mais. A relação deles foi evoluindo. Eles foram-se conhecendo melhor. Talvez ela agora o conheça como a palma da sua mão. Mas, houve uma altura que, como eles começaram a falar mais e, os professores decidiram tirá-lo de ao pé dela. Pode parecer estupido mas, ela chorou por isso. Pode parecer que não é normal mas, ela sofreu com isso. Ela tinha a plena noção que a relação dele ia ser diferente. Ela tinha a plena noção que eles se iam afastar, deixar de falar. Mas, ao inicio isso não aconteceu. Eles juntaram-se mais, passaram mais intervalos juntos, estavam tempo juntos (sem ser nas aulas). Hoje ela tem o orgulho de puder dizer que conhece uma pessoa cinco estrelas, uma pessoa com um sentido de humor incrível. Ela tem o orgulho de dizer que ele a ajudou sempre, que a ouviu sempre, que a abraçou sempre que ela pediu, que chorou com ela, sofreu com ela, brincou com ela. Hoje ela pode dizer que ele é uma das melhores pessoas que ela já conheceu em toda a sua vida. Ela tem o orgulho de afirmar que nunca conheceu ninguém com tanto sentido de humor. Eles são inseparáveis. Houve alturas em que ela se foi a baixo. Uns dias antes do final do sétimo ano ele disse-lhe que, provavelmente ia para Inglaterra. Nessa altura foi como se lhe tivessem roubado o coração. Ela sofreu muito, chorou muito a pensar que ele ia embora, que ele não ia ficar com ela para sempre como prometera, que ele ia embora sem se ‘despedir’ o que era inevitável. Chorou sozinha, com ele e com amigos que, também estavam mal com isto tudo. Ela nunca chorou tanto por uma pessoa como por ele. Talvez ela de ves em quando pareça estupida. Mas, nos últimos tempos ela tem dado mais importância aos seus problemas, não lhe tem ligado nenhuma. Hoje, ela sente-se culpada por tudo. Sente-se culpada por ele estar triste, por ele ter saudade. Mas ela, fez uma promessa. Ela prometeu a ela mesma que, sempre que ele precisar de ajuda ou não, sempre que ele precisar de um abraço ou não, sempre que ele precisar de falar ou não, ela vai estar lá. Ela, vai la estar para tudo o que ele precisar. Ela pede desculpa por tudo  o que lhe fez, ela pede desculpa por o ter feito sofrer. Hoje, ela diz que queria voltar ao inicio do sétimo ano, que queria voltar a estar ao lado dele, a por a perna em cima da dele. Ela agradece tudo aquilo que ele já fez por ela, agradece por ele ser o seu braço direito e esquerdo e por ele estar sempre la para tudo o que for preciso. Ela pede desculpa por tudo aquilo que fez e por o ter desiludido.
Mas ela, ama-o mesmo mesmo muito e, espera que ele também a ame a ela .

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