a hug.


Os abraços são dados de muitas formas e com diferentes significados. Há abraços que dizem:
"Fico muito contente com a tua amizade" há abraços que expressam o orgulho que se sente por alguém especial, também há abraços que dizem: "Não há ninguém no mundo igual a ti " Há abraços doces e sentidos que são dados em momentos de tristeza...
Com um abraço também podemos dizer: "Sinto muito", quando alguém está a passar por um momento difícil, há abraços que damos, para dizer: "Que bom que vieste ", e outros que dizem: "Sentirei tua falta quando estiveres longe de mim..." E não faltam os abraços perfeitos para fazer as pazes... E os abraços cheios de carinho, que nascem do coração... Como tu vês, existem abraços para diferentes ocasiões; abraços rápidos e abraços demorados, um para cada razão... Porém, de todos os abraços, o mais carinhoso é aquele que diz: "Tu estás sempre no meu pensamento porque eu te quero muito!" 
depois também há aqueles que no agarram nas ancas e em que nós sentimos que somos só nos e eles . e há aqueles que nos apertam com tanta força que quase nem conseguimos respirar , e aqueles em que ouvi-mos o coração da outra pessoa bater cada vez mais depressa.
by: Margarida Dinis e Marta Proença.

princesa.


Tudo começou à cerca de 12 anos.  Eu vi uma bebé, uma criança que, mesmo não conseguindo abrir os olhos por completo, o seu olhar já me chamava. Não, eu não me lembro do primeiro dia que vi esse bebé, esse ser tão pequeno e delicado à qual eu ainda não conseguia chamar nada. Eu era pequena também, devia ter um ano e pouco mas, falar eu já falava. Simplesmente não conseguia pronunciar a palavra, o nome, a maneira como hoje eu trato essa bebé.
Hoje, sinto-me na obrigação de a proteger. Sinto que a bebé que hoje, passado 12 anos é quase da minha altura é minha.
Essa bebé, hoje já é crescida, já sabe escolher os seus amigos, já sabe fazer as escolhas que ela acha que são as mais apropriadas. Eu posso guia-la pelo meu instinto mas, eu não posso escolher por ela. Não posso dizer-lhe que aquilo está mal só porque tenho um pressentimento, não posso impedi-la de fazer o que ela quer, não posso dizer-lhe que está mal sem dar uma única razão para o achar. Na verdade, eu não tenho razão. Eu, tenho simplesmente uma sensação, uma aperto no meu coração, o felling de que , algumas opções não são as melhores para ela. Mas, se ela não errar, se ela não chorar, se ela não sofrer… ela também não vai crescer.
Não vou dizer que não fico triste quando essa bebé hoje prefere estar com outras pessoas. Não vou dizer que não fico desapontada quando ela diz que não a um convite meu mas, eu não sou a vida dela. Eu sou mais uma pessoa que faz parte do seu caminho, uma pessoa que, até agora não a largou e, se depender de mim, também não a vou largar.
Eu tenho saudades de quando ela passava semanas em minha casa, tenho saudades de estar sozinha com ela. Tenho saudades da minha bebé. Daquela que me dava estaladas quando precisava, daquela que me abria os olhos quando eles estavam fechados, daquela que eu nunca vou querer perder. Tenho saudades da bebé com a qual eu vivi e, a qual eu amei.
Eu continuo a ama-la mas, hoje percebi que ela não é tão minha como eu achava. Hoje percebi que, aquilo que ela foi, ela já não vai ser mais. Dantes ela não rejeitava, ela vinha quando eu precisava e, hoje ela pensa e, faz outras escolhas. Não a posso obrigar, posso tentar e fazer de tudo para que ela seja minha novamente mas, isso não depende apenas de mim. Isso, também depende dela.
Tenho saudades de ver a minha segunda cama levantada, com ela lá deitada. Tenho saudades de a ver acordar despenteada, tirar fotografias e gozar com ela. Tenho saudades de quando ela vinha jantar comigo e chamava gordo ao meu pai. Eu, eu tenho saudades de todas as parvoíces e de todos os disparates que nós fizemos, de todas as fotos que nós tiramos, de todos os filmes que nós vimos, de todas as musicas que nos cantamos e dançamos. Eu tenho saudades de todos os concertos que fomos, de todas as idas aos centros comerciais, de todos os jogos, de todas as asneiras que cometemos. Eu tenho saudades dela. Tenho saudades da minha princesa.
Todos os dias penso nela. Todos os dias arranjo maneiras de estar com ela, se lhe dar abraços mas, todos os dias parece que são em vão. Parece que nada da resultado e que, sempre que eu preciso, ela não pode.
Não digo que ela não se preocupe, não digo que ela não queira mas, também não vou esconder que às vezes preferia que ela dissesse a verdade, dissesse que não lhe apetecia sair de casa nem despir o pijama, preferia que ela me ligasse e pedisse desculpa mas, que fosse sincera.
Ela sempre foi o meu braço direito, sempre foi a pessoa a quem eu sempre contei tudo, sempre foi aquela em quem eu confiei quando não havia mais ninguém, foi sempre a primeira a saber as novidades, a saber dos meus sentimentos, das minhas inseguranças, das minhas decisões. Ela sempre foi a primeira a estar a par de tudo mas, isso mudou. Parece que, nestes últimos tempos existe uma barreira entre nos. Parece que eu não consigo estar sozinha com para lhe confessar tudo aquilo que se anda a passar na minha vida. Parece que ela está ausente mas, presente ao mesmo tempo.
Queria ir ter com ela e fazer-lhe uma surpresa mas, a minha mãe não deixa.
Gostava que essa bebé soubesse tudo o que eu tenho feito para conseguir estar com ela, as vezes que eu me tenho zangado com a minha mãe para estar com ela, gostava que ela sentisse metade daquilo que eu estou a sentir neste momento por sempre que  quero estar com ela, não puder.
Mas, essa bebé não tem culpa. Não tem culpa que eu seja parva nem em culpa que eu seja uma mariquinhas que chora por tudo e por nada. Essa bebé, simplesmente é ela e … se não pode não pode. Eu não posso fazer nada em relação a isso. Só ela é que pode ter a força de vontade que eu tenho. E se não tiver ? Não sei. Provavelmente  eu vou chorar. Voou chorar cada vez mais e, um dia não vou aguentar. Vou dizer-lhe que estou  farta que a mãe dela não lhe deixe vir ter comigo porque fez um disparate, vou dizer-lhe que preciso dela e que ela não esta aqui.
Provavelmente, neste momento devo estar a ler-lhe este texto e, provavelmente ela vai estar a pensar que sou egoísta e que so estou a pensar em mim mas, se eu não pensar em mim, quem é que vai pensar ? Quem é que me vai fazer feliz se eu não lutar por isso.
Não estou a pedir a esse bebé que mude a sua vida por minha causa, não estou a pedir que me faça feliz, estou simplesmente a pedir que não desapareça, que continue a ser aquela menina delicada que eu conheci, aquela pessoa que sempre precisou de mim quando estava mal, aquela pessoa que vem a correr para os meus braços cada vez que me vê e me diz: ‘ amanha, posso ir a tua casa ? ‘ . se isso acontecer, eu não vou perguntar a minha mãe, eu não quero saber se ela deixa ou não. Eu, eu vou dizer-lhe imediatamente que sim, vou busca-la a casa e abrir-lhe a porta da minha casa, daquela casa onde ela sempre esteve e sempre foi feliz, aquela casa onde ela sempre me ajudou e sempre me apoiou. Aquela casa onde nos tivemos as nossas birras infantis que acabavam sempre num abraço e num beijinho amável e carinhoso.
Quero pedir-lhe desculpa por neste momento estar a pensar em mim mas, eu preciso dela. Preciso que ela me abraçasse e me diga que esta tudo bem e que, me limpe as lágrimas porque, sinceramente, qualquer dia, desapareço, a Marta que eu sempre fui, desaparece.
Eu amo a minha princesa como ninguém. Eu vou continuar a protege-la como sempre, vou continuar a amá-la como sempre amei, vou continuar a quere-la como sempre quis. Eu nunca vou abandonar a minha bebé, aquela pessoa que desde o inicio esteve aqui, para todos os meus problemas mas, eu so quero estar com ela. Só nós. Sem mais ninguém.

A última vez.



Era uma noite escura e tempestuosa.
Eu estava sentada na minha cama a olhar a janela. Tudo na minha cabeça estava tal e qual o tempo lá fora. No meu quarto não se ouvia um único barulho a não ser, o ruido dos trovões e o tom suave e preocupante da minha respiração forte.
De repente a minha mãe entra no quarto e, interrompe, sem pensar, o meu momento de preocupação.
‘ - Está na altura de deixares de te preocupar com coisas desse tipo. Daqui a dois anos, tudo já passou. Ele nunca mais se vai lembrar de ti, essa preocupação e tristeza toda não vão fazer diferença. Não vale a pena ficares magoada com uma coisa que, tu sabes que não há volta a dar.’
Ao ouvir a minha mãe dizer estas palavras, senti uma lágrima a cair pela minha cara. Ela tinha razão mas, a realidade, naquele momento, assustou-me. Eu continuava sem aceitar tudo aquilo que se tinha passado.
As perguntas permaneciam na minha cabeça mas, as duvidas do sentimento eram poucas. E agora? Com quem é que eu ia contar quando tivesse um desgosto? A quem é que eu ia ligar quando estivesse preocupada com qualquer tipo de coisa, mesmo que não tivesse a mínima importância?
Ele era uma das únicas pessoas que me compreendiam, uma das poucas com quem eu sabia que podia contar, uma daquelas que, sem as quais a minha vida não teria a mesma magia.
Mas ele, foi-se embora. A partir daquele dia a minha vida nunca mais foi a mesma. Eu já tinha aprendido a viver com a sua presença, aquele olhar já fazia parte da minha vida monótona. Ele já fazia parte de mim.
Desde o inicio que sabia que corria este risco mas, eu não queria entender aquilo que se estava a passar.
A minha mãe saiu do quarto.
Levantei-me calmamente lavada em lágrimas, sem conseguir pronunciar uma única palavra e, fui em direcção à janela. Observei a lua.
Um relâmpago caiu mesmo à minha frente, e no momento a seguir , os meus olhos pareciam ver o seu nome escrito na lua.
Olhei para a mesa onde costumava falar com ele, olhei para o meu telemóvel e comecei a ver as suas mensagens a dizer que me amava. Lembrei-me dos poemas que ele me fazia e, das palavras que ele sempre dizia quando eu não estava bem.  Lembrei-me da nossa primeira conversa e de tudo o resto.
Estava tudo a ser complicado, aceitar toda aquela reviravolta foi uma coisa por demais.
Ele era tão importante e, dum momento para o outro, desapareceu. Se ao menos tivesse, simplesmente, mudado de casa ou de escola mas não. Ele mudou de pais, ele mudou de mundo.
Sonhava um dia encontra-lo na rua. Sonhava ir contra alguém e, essa pessoa ser ele.
Esperava que, um dia, ele voltasse a abraçar-me com todas as forças que tinha, como fazia dantes.
Será que ainda se lembrava de mim? Não sei mas, eu nunca me ia esquecer dele.
Limpei as lágrimas como uma ultima tentativa de fazer o que ele sempre disse. Pediu-me para não chorar por ele, disse-me que eu era forte e que, isto não era o fim de nada. Disse também que voltaria para ver todos aqueles que amava e, prometeu que seria feliz. Disse que não gostava de me ver chorar mas, naquele momento era impossível não ficar mal. Eu estava arrasada … por dento e por fora.
Dirigi-me à cozinha, agarrei na tablete de chocolate e comi-a. Aquele sempre tinha sido o melhor remédio para as minhas lágrimas mas, naquele dia, parecia que nada preenchia o vazio do meu coração, a solidão da minha alma.
Ligaram-me mas, eu não atendi. Provavelmente era mais uma pessoa a tentar fazer com que esboçasse um sorriso mas, naquele momento só a voz dele iria fazer com que toda a minha felicidade saísse cá para fora e, se libertasse como antes.
Mais tarde, recebi uma mensagem. Pediram-me para ir ao computador. Nesse momento, mandaram-me uma fotografia, minha e dele. Nessa fotografia os olhos dele brilhavam e, nós estávamos de mãos dadas. Fiquei bastante tempo a olhar para lá e, reparei como nós estávamos felizes. Vi no seu rosto a alegria de estar comigo naquele momento e, as lágrimas vieram aos meus olhos cada vez mais depressa.
A única coisa que consegui fazer foi, mandar-lhe a fotografia e escrever:
‘ Não sei se algum dia tu vais ver isto ou, não. Não sei se todos estes momentos se vão repetir ou se alguma vez mais vamos estar juntos mas, queria pedir-te desculpas. Queria dizer-te que não sou tão forte como achavas. Neste momento, ao olhar para esta fotografia, as lágrimas não param de cair pela minha cara, não param de ser deitados cá para fora os meus medos e, principalmente a minha saudade que agora aperta cá dentro. Só me resta dizer-te um até sempre e, escrever e gritar aquilo que tu sempre soubeste. Amo-te. ‘
Fechei o computador. Cheirei a camisola que ele me tinha oferecido e, para a nossa fotografia já impressa e colada na parede do meu quarto.
Olhei a janela, a tempestade estava cada vez mais longe mas, o nome dele, para mim, continuava escrito na lua.
Deitei a minha cabeça na almofada, desliguei a luz e fechei os olhos. Finalmente as lágrimas tinham parado mas, a minha cabeça continuava cheia de tristeza mas, adormeci, talvez com uma tentativa de que, no dia seguinte acordasse e, estivesse um dia lindo, com o sol a brilhar e que, ele estivesse deitado ao meu lado. 

sim.



Sabes aquele momento em que tu te sentes a ir a baixo? Sabes aquele momento em que parece que mais nada te vai por com um sorriso na cara ? Aquele momento em que , de seguida te mandam uma mensagem super fofa, mensagem que tu lês três vezes para ver se é realidade. Aí, uma lágrima começa a cair pelo teu rosto, aí tu percebes que afinal ainda há quem goste de ti. Começas a ler alto e, de repente chegar à parte do : « tu és o meu mundo<3 » Aí começas a sentir-te cada vez melhor e, apetece-te estar com essa pessoa. Começas a tentar responder e, a unica coisa que conseguem dizer é: « amo-te @ » sabes porque ? porque essa pessoa , és tu e, se não fosses tu, eu nem isso diria. 

vida.

O período de tempo que decorre desde o nascimento até à morte é como uma série de subidas e descidas que um veículo sobre carris percorre a grande velocidade. Num período de 24 horas, encontramo-nos num dado momento com Falta de alegria, noutro encontramo-nos num dado momento como estado da pessoa que tem ou revela contentamento. Talvez se tudo consistisse em não ter defeito, consistisse em não dar grande trabalho, sem uma única natureza do que se apresenta como difícil, como é que iríamos adquirindo o conhecimento a esforçarmo-nos e empenhar-mo-nos?  Estou na posse ou em poder da qualidade do que é certo que não iria tornar-se o mesmo que existe ou pode existir.

quero mas, infelizmente não posso


Hoje, eu estava a almoçar, num restaurante quando, vejo passar à minha frente um rapaz. Esse rapaz tinha uns ténis iguais aos teus. Tinha uma sweat igual à tua. A tua imagem com aquela roupa vestida veio-me imediatamente à cabeça. Nesse momento recebo uma mensagem a dizer que quase não falava de ti. Começo a pensar se isso seria bom ou seria mau. Não entendi o meu proprio pensamento e no momento a seguir o telemovel começou a tremer. Pensei que era impossivel seres tu e, estava certa. Todos os dias faço esforços para tu não reparares em tudo aquilo que eu sinto mas, às vezes parece que perco todas as forças.
Sinto-me a ir a baixo.
Quando penso em ti numa aula, por vezes, quando olho em frente os teus olhos estão fixados nos meus e, nao sei bem porque, a minha boca parece querer gesticular um 'amo-te' mas, a minha força de vontade a querer esconder tudo isto, por muito pouca que seja, não me deixa cometer tal loucura.
Não sei mas, às vezes penso que desaparecer seria o melhor remédio.