Life kills.



Alguma vez sentiste que nada na tua vida valia a pena? Que tudo não passava de uma ilusão da tua cabeça? Sentimentos recíprocos que te puxam ora para um lado, ora para o outro? Alguma vez entendeste que, por muito que tentasses melhorar as tuas atitudes, nunca nada nem ninguém as iria realmente perceber?
O amor é algo que nos leva aos extremos. Não só o amor pela nossa cara metade, que mais de metade da população mundial não consegue realmente encontrar, mas também o amor transformado em forma de amizade, aquele que realmente nos ajuda quando parece que a nossa existência não faz qualquer sentido e quando tememos o pior.
Quem nunca pensou que a vida nunca faria sentido? Quem nunca pensou em por fim à dor? Mas, se o nosso papel é isso, sentir dor, porque não continuar e aproveitar os momentos em que tudo isso é diferente? Não vale a pena falarem-me de amor, porque o amor é algo extremamente horrível que nos leva a lugares terríveis, mas tão bons ao mesmo tempo. Porquê? Porque somos algo maléfico, algo que gosta de sofrer e ver os outros sofrer.
Mas o fim seria tão mais simples. Agarrar numa faca e simplesmente acabar com tudo, sentir a faca a perfurar tudo o que há em ti, a tua barreira para o interior e pensar que a ultima coisa que vais sentir é realmente dor.
Quero ser feliz, mas as minhas acções não mo permitem. Amo as pessoas que estão sempre aqui para mim, quer as conheça há muito ou pouco tempo, mas acabo sempre por magoá-las de uma maneira, ou de outra. Acabo sempre por fazer algo de errado para que elas fiquem a pensar mal de mim. Falo de mim, como falo do meu melhor amigo, ou até da minha família inteira, todos eles erram, todos eles me fizeram sentir inútil, horrível e até nojenta com algo que disseram ou algo que fizeram. Mas nunca me sinto no direito de lhes apontar isso, pois sei e tenho noção que já fiz ou vou fazer muito pior do que me fizeram a mim.
É por isso que nada disto é justo, é por isso que o amor não é a coisa mais perfeita do mundo, porque na realidade não há definição certa para a palavra perfeito. Perfeito é simplesmente um protótipo do que cada um de nós, seres humanos, achamos perfeito, mesmo não sendo. E, por muitos defeitos que tenha, por muitas características péssimas, físicas ou psicológicas, que alguém que amamos tem, em algum momento da nossa vida vamos achar que são perfeitas, ao contrário de nós mesmos, que somos sempre, sempre, uma porcaria.
Digo isto porque sei que não sou perfeita, pois ninguém o é, mas sei de amizades e afinidades perfeitas, algo perfeito aos meus olhos, algo que valorizo e que quero manter até mo permitirem. Mas, se errar? Se a culpa de todos se afastarem for minha? É isso que faz de mim perfeita aos olhos de alguém? Desiludir? Não me parece. Ninguém o gosta de sentir, apesar de todos o fazermos.
Odeio quem sou. Odeio tudo em mim, mas tenho de aceitar isto como um desafio. Por muito feia de seja, por muito pessimista ou por muito que a minha personalidade seja má, sou eu. Isto sou eu.


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